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Monteiro Lobato biografia: José Bento Renato Lobato, ou simplesmente Monteiro Lobato. Foi um escritor Brasileiro nascido no final do século XIX, no interior de São Paulo. Monteiro Lobato é muito conhecido por suas obras voltadas ao público infantil, porém suas atividades não se limitavam a elas. Ele desde cedo escrevia para jornais escolares, apresentava talento nato para o ofício, tanto que mais impressionante que suas obras de originalidade eram suas traduções feitas com destreza e maestria, pois uma boa tradução necessita da compreensão total do conteúdo, além da percepção das nuances da mensagem do autor ao longo da obra.

Monteiro Lobato foi formado em direito, a seu contra gosto, mas graças ao prestígio que o bacharelado de direito proporciona a seus detentores, ele teve muitas portas abertas em sua vida. Monteiro Lobato exerceu a profissão de editor, trabalhou com jornais e até envolveu-se com a política brasileira. Seu forte posicionamento lhe rendia muitos louros ao mesmo tempo que gerava alguns desafetos, inclusive com o governo. A vida de monteiro lobato foi rodeada de polêmicas, tanto que hoje em dia, século XXI, mais de 70 (setenta) anos após seu óbito, ainda existem polêmicas orbitando sua obra com frequência.

A biografia de Monteiro Lobato

A biografia de Monteiro Lobato começa a ser traçada no ano de 1882, mais precisamente em Abril daquele ano. Oriundo da cidade de Taubaté, tradicionalíssima cidade no interior paulista (que hoje é famosa por suas competitivas equipes de esportes coletivos de quadra), Monteiro Lobato começou a ser alfabetizado por sua mãe, Olímpia Lobato, ainda jovem e prosseguiu seu estudos com professores particulares até os sete anos de idade, quando finalmente foi enviado a uma escola. A biografia de Monteiro Lobato aponta que ele teve muito contato com livros, porque seu avô materno obtinha uma ampla biblioteca particular em sua casa. Tanto proximidade com a língua culminaram na articulação de pequenos artigos para o jornal escolar, ainda quando criança.

Porém, gostando ou não da obra de Monteiro Lobato, considerando adequada ou não para o público a qual se destina é inegável se sua obra é icônica. Tanto que recebe adaptações televisivas e seus personagens nomeiam marcas de produtos alimentícios brasileiros.

Fato curioso que pertence a biografia de Monteiro Lobato é que o escritor em sua pré-adolescência reprovou em língua portuguesa, simultaneamente a escrever para três jornais. Durante o mesmo período Monteiro passou a dominar a fluência tanto em inglês como em francês. Na transição de sua vida adolescente para adulta, ele enfrentou duas perdas irreparáveis num intervalo de pouco mais de um ano, a morte de seu pai seguido do falecimento de sua mãe. A esta altura de sua vida, o jovem Lobato já morava na cidade de São Paulo. Dando sequência a biografia de Monteiro Lobato, ele ingressou na faculdade de direito do Largo São Francisco por exigência de seu avô, que o via como o herdeiro dos negócios familiares. Porém, o fruto mais imediato do título de bacharel de direito foi a boa relação com o Doutor Antônio de Souza e Castro, seu orientador, que por ventura era avô de Maria Pureza, que tornaria se esposa de Monteiro Lobato no futuro.

A história de Monteiro Lobato

A história de Monteiro Lobato continua após sua graduação. Ele retorna a sua cidade natal e assume a promotoria do município. Lá ele conhece Maria Pureza, com quem casaria anos mais tarde e teria quatro filhos. Ele segue no cargo até os 29 ( vinte e nove) anos de idade, época em que seu avô veio a finar-se, pois foi quando tornou-se fazendeiro herdando os negócios de seu avô. Ele voltou a morar na fazenda da família, entretanto desta vez como proprietário e líder de uma família. A história de Monteiro Lobato segue progredindo, ele moderniza a fazenda, todavia como não era seu sonho ser fazendeiro ele decide investir no comércio na região central de São Paulo.

Por volta de 1914 a história de Monteiro Lobato volta a flertar com sua paixão, a literatura. Porém por vias jornalísticas. Ele envia um artigo ao jornal O Estado de São Paulo fazendo críticas as queimadas de inverno ateadas por “caboclos” que prejudicavam seus negócios na fazendo. O jornal publicou o artigo deslocado do bloco a que se destinava, gerando assim mais visibilidade do texto e iniciando polêmicas. A repercussão foi tamanha que mudou a história de Monteiro Lobato, ele começou a enviar outros diversos artigos ao jornal, que eram constantemente publicados, pois a opinião do autor era contundente a respeito de vários assuntos.

Como Monteiro Lobato ficou conhecido?

Foi justamente nessa época que Monteiro Lobato ficou conhecido, ganhando notoriedade graças as suas críticas feitas nos artigos de jornal. Como a fazenda estava passando por crises, Monteiro a vendeu. Mudou-se para São Paulo acompanhado de sua família, visando realizar seu sonho: ser escritor e jornalista. Com o dinheiro que dispunha fundou uma revista, e passou a produzir cronicas para o jornal O Estado de São Paulo, que já se interessava pelo potencial do escritor. Algumas destas acabaram por tornar-se obras literárias. Mais adiante, já próximo dos anos vinte, ele ganhou mais espaço ainda no jornal, pois muitos escritores acabaram enfermos com a gripo espanhola. Suas críticas a respeito de arte eram tão contundentes e tomaram uma proporção tão grande, que ele começou a ser visto como reacionário e acabou visto com maus olhos pelos artistas modernistas.

As obras de Monteiro Lobato

As obras de Monteiro Lobato foram muitas. Ele possui literatura infantil e adulta, e não é novidade, pelo menos para o povo brasileiro, que as obras de Monteiro Lobato voltadas ao público infantil são muito mais conhecidas de modo geral. Ele possui traduções de obras estrangeiras, como: “Robin Hood” e “Alice no país das maravilhas”, que são considerados obras clássicas e possuem muita difusão de seu conteúdo até os dias atuais, principalmente em épocas de adaptações cinematográficas dessas obras.

Já em relação as obras de Monteiro Lobato de autoria própria é importante ressaltar a obra adulta Urupês, que é um compilado de contos dos quais muitos foram publicados no jornal. Já as obras de Monteiro Lobato autênticas infantis destaca-se o sítio do pica-pau amarelo, a obra que é uma coletânea de histórias que ocorrem em um sítio em algum lugar do interior do Brasil, possui diversos volumes vendidos, e rendeu até uma adaptação para programas televisivos que focava nas aventuras da boneca Emília.

Veja abaixo algumas perguntas e respostas sobre o Monteiro Lobato:

Onde Monteiro Lobato nasceu?

O escritor é originário da cidade de Taubaté, interior do estado de São Paulo, ele cresceu lá na época em que o município começava a industrializar-se. Tanto que quando veio ao mundo, a cidade já possuía uma estrada de ferro.

Onde Monteiro Lobato viveu?

A maior parte de sua vida o autor viveu no estado de São Paulo, Brasil. Pendularmente entre a capital e o interior. Porém viveu uma parcela de seus dias em Nova York.

O que Monteiro Lobato defendia?

Monteiro defendia a existência de uma arte genuinamente brasileira, embora isso fosse uma das ideias do modernismo as críticas do autor em relação a artistas do movimento eram densas, causando detrimento de ambas as partes.

Os livros de Monteiro Lobato

Os livros de Monteiro Lobato vem causando controvérsias até os dias atuais. O livro Caçadas de Pedrinho foi o estopim de um debate jurídico. O livro tornou-se leitura obrigatória nas escolas públicas brasileiras no ano de 2010. O livro é voltado para o público infantil, porém algumas passagens do livro usam expressões que não são mais aceitas pelas novas gerações, pois elas refletem alguns pensamentos racistas que infelizmente eram comuns na época. Entre os livros de Monteiro Lobato algumas outras expressões são apontadas da mesma forma, o que é inadequado principalmente para a educação infantil, que é muito mais delicada pois muitas vezes a criança ainda não possui discernimento para poder identificar que aquela expressão não é correta e reflete uma forma de pensamento que não é mais tolerada nos dias atuais.

Outra polêmica que tangencia os livros de Monteiro Lobato é a questão da adaptação das obras infantis. Os descendentes do autor desejam que os livros obtenham formatos mais modernos, com ilustrações mais adequadas, coloridas além de uma paginação atualizada. O conflito de interesses acabou gerando disputas judiciais e desgaste pelas duas partes interessadas. Por parte de quem possui os direitos sobre os livros de Monteiro Lobato há o interesse de uma “reimaginação” dos textos do autor, a fim de terem um português mais moderno e venderem novas edições das obras. Outra polêmica é a atribuição de títulos ao autor, que acabou parando no superior tribunal de justiça.

Como monteiro Lobato Morreu?

Os últimos anos de vida de Monteiro Lobato não foram fáceis. Ele tinha seus posicionamentos em relação ao petróleo brasileiro, e suas ideias iam de confronto as ideias do governo Vargas. O autor foi tido como entidade subversiva e foi perseguido e preso pelo estado. Após solto, ele presenciou enfrentou a morte de dois de seus filhos. Recusou a indicação a academia brasileira de letras, a qual ele já havia perdido uma disputa. Com um espasmo cerebral o autor veio a óbito no ano de 1948. Seu velório ocorreu na biblioteca municipal de São Paulo e seu enterro ocorreu no cemitério da consolação.

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