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Manuel Bandeira biografia: tradutor, crítico literário, crítico artístico e professor, esses foram alguns dos ofícios exercidos por Manuel Bandeira. Porém, sua maior contribuição para a humanidade certamente foram seus poemas. Ele é considerado um dos maiores representantes da literatura oriunda de Pernambuco. Manuel Bandeira assume esse posto ao lado de personalidades como Clarice Lispector, João Cabral de M. Neto e o grande Gilberto Freyre.

Manuel Bandeira além de integrar a primeira linha de modernistas no país, também teve a honra de integrar a Academia Brasileira de Letras, sentando-se na vigésima quarta cadeira, cuja possui como patrono Júlio César Ribeiro Vaughan, que além de gramático também foi um escritor. Manuel Bandeira foi condecorado com a honraria no final do mês de Agosto do ano de 1940, e a assumiria apenas no final de Novembro do mesmo ano.

A biografia de Manuel Bandeira

Partindo de uma visão cronológica, a biografia de Manuel Bandeira teve como o seu ponto inicial o décimo nono dia do mês de Abril do ano de 1886, o ariano veio ao mundo na segunda metade do século XIX, mas suas contribuições literárias tiveram o auge no século XX. Já olhando de um ponto de vista geográfico, a biografia de Manuel Bandeira ele é oriundo da cidade de Recife, a capital do estado de Pernambuco.

Manuel Bandeira foi um dos integrantes da primeira geração modernista brasileira. Tanto que o seu poema “Os sapos” teve o prazer de abrir a semana de arte moderna de 1922, que revolucionou a literatura brasileira.

De acordo com a biografia de Manuel Bandeira, o escritor modernista foi fruto do relacionamento de Manuel Carneiro de S. Bandeira com Francelina Ribeiro de S. Bandeira. Ele foi neto do famoso Antônio Herculano Bandeira, que além de professor de direito, também foi deputado. Segundo a biografia de Manuel Bandeira, o poeta mudou-se para a cidade maravilhosa ainda jovem em defluência da profissão de seu pai, que tinha a engenharia como ofício.

A história de Manuel Bandeira

Conta a história de Manuel Bandeira que no Rio de Janeiro ele estudou no tradicional colégio Pedro II. Ele viria a concluir um curso de humanidades no início do século, em 1903, e acompanharia sua família para a terra da garoa, São Paulo. Onde no ano seguinte ele contraiu tuberculose, trágico fato que alteraria sua vida. Ele cursava arquitetura na escola politécnica quando foi contaminado. Segundo a história de Manuel Bandeira, esse ocorrido teria influenciado até nas suas poesias, pois na época esse tipo de doença era praticamente uma sentença de morte, que para felicidade da literatura não se confirmou tão cedo.

Conta a história de Manuel Bandeira que para poder prolongar sua vida, ele buscou cidades onde teria melhor qualidade de vida, como Petrópolis e Teresópolis. Com auxílio de seus familiares, ele pode em 1913 mudar-se para Suíça, local em que permaneceu por pouco mais de um ano. Segundo consta a biografia de Manuel Bandeira, o escritor regressa ao país tupiniquim temendo o progresso da primeira grande guerra, que avançava no continente europeu. Tornou-se professor de literatura, publicou obras e contrariando todas as estatísticas, viveu até os 82 anos, falecendo no décimo terceiro dia do mês de Outubro do ano de 1968, em decorrência de uma hemorragia. Na cidade do Rio de Janeiro.

Manuel Bandeira e o modernismo

O modernismo foi um movimento artístico e literário que eclodiu no Brasil durante a primeira metade do século XX. Mesmo que Manuel Bandeira tenha traços de parnasianismo, escola antecessora do modernismo no Brasil, ele sempre é lembrado como escritor moderno. Tendo destaque na primeira fase do movimento, com versos livres e muita liberdade para a realização de seus poemas concretos, em que a estética vai muito além de sonoridade e ritmo, tornando o campo visual tão importante quanto os outros. Numa última fase de seu modernismo, ele retoma traços tradicionais encontrados no parnasianismo, que foi o movimento que ele teve contato na infância e que era produzido no Brasil até a semana de arte moderna.

As obras de Manuel Bandeira

As obras de Manuel Bandeira começam com a publicação do livro “A cinza das horas”, que foi lançado em 1917. Nele os traços de escola redundante eram predominantes, em muitos dos 50 poemas contidos nele é possível encontrar temas como morte, solidão e doença. Que é um reflexo do que ele sentia por ter contraído tuberculose a poucos anos atrás. As obras de Manuel Bandeira tem sequência com o livro “Carnaval”, no qual as temáticas mais pesadas começam a ser dissipadas, e a irreverência do modernismo começa a tomar forma.

Já no ano de 1930 as obras de Manuel Bandeira fazem parte de um dos momentos mais férteis do modernismo brasileiro. Momento em que a segunda fase está em ascensão ele começa a brincar com sua doença em seus textos. Nesse ano ele publica o livro “Libertinagem”, em que ele começa exaltar sua terra natal com um tom nostálgico, conteúdo modernista e estruturas clássicas, e assim as obras de Manuel Bandeira tem um sequência, às vezes com um português mais coloquial, outras com uma linguagem mais livre.

Veja abaixo algumas perguntas e respostas sobre o Manuel Bandeira:

Onde Manuel Bandeira nasceu?

Manuel Bandeira foi um recifense, ele foi originário da capital pernambucana, Recife.

O que Manuel Bandeira defendia?

Manuel Bandeira defendia de “língua brasileira”/o português praticado no Brasil de forma popular deveria ser inserido/fagocitado na literatura brasileira de uma forma geral.

Onde Manuel Bandeira morreu?

Com longos oitenta e dois (82) anos de idade, Manuel Bandeira faleceu na cidade do Rio de Janeiro, na região de Guanabara.

Os poemas de Manuel Bandeira

Os poemas de Manuel Bandeira são os principais astros de suas obras. Um que merece destaque é “Os Sapos”, esse poema teve a honra de abrir a semana de arte moderna em São Paulo, 1922, embora o próprio autor não a apresentou, o texto era de sua autoria, e ele ironizava fortemente os poetas parnasianos, o que logo de início gerou um atrito entre os movimentos. Curiosamente, cinco anos antes, muitos entre os poemas de Manuel Bandeira publicados em sua primeira obra tinham como principal fonte o parnasianismo e toda sua pomposidade.

Um dos mais famosos entre os poemas de Manuel Bandeira é “Vou-me embora pra Pasárgada”, esse poema trás fortíssimos traços da primeira geração modernista, como o uso de linguagem coloquial, já encontrada no próprio título. Nele o eu lírico idealiza uma terra imaginária, e não apresenta rigor estrutural. O texto em si já é uma ironia a arte tradicional, e a evasão idealizada encontrada em escolas passadas. Outros entre os poemas de Manuel Bandeira apresentam tais características.

O bicho de Manuel Bandeira

O poema O bicho de Manuel Bandeira é carregado de uma crítica social, acima de tudo. A crítica diz respeito a desigualdade social brasileira, que quase 80 anos depois da publicação do poema persiste em existir. No poema, o eu lírico afirma ver um bicho mexendo no lixo para encontrar comida, sem nenhum senso de seleção, em decorrência de seu estado lastimável, e para agravar ainda mais, no final o eu lírico afirma que o bicho se tratava de um animal. Que embora tecnicamente não tenha sido zoomorfizado, é retratado em tal condição.

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